A prática do professor itinerante: um estudo de caso.

A questão da Inovação Pedagógica vem sendo amplamente discutida na atualidade como um caminho para reverter o quadro de desarticulação em que se encontra a escola. Apesar de muito se ter pensado em termos de educação, principalmente no final do século XX, poucas mudanças se verificam em termos de prática, ou seja, a escola permanece ancorada em paradigmas do passado. Isso não significa, no entanto, que no “micromundos” de suas salas de aula os professores não tentem algumas inovações, como nos revela Papert (1994). Sob esse entendimento, os estudiosos de Inovação Pedagógica defendem que as mudanças esperadas na educação são situadas, ou seja, ocorrem em nível de práticas particulares do professor. Para compreender como se dá esse processo, esta pesquisa buscou descrever e refletir sobre a prática de uma professora itinerante que atua na área de educação especial, seguindo os princípios humanistas da Educação Inclusiva. Na realização desta pesquisa, optou-se por seguir um viés qualitativo, com estudo bibliográfico e pesquisa de campo. A metodologia adotada foi o estudo de caso e análise de conteúdo. Os dados foram coletados por meio de entrevista semi-estruturada, questionários, observação participante, fotos e consulta a documentos. A partir dos dados, observa-se que a professora pesquisada, inspirada por ideais humanitários, acreditou nos direitos de os deficientes aprenderem e conviverem nas escolas colocando em prática outras formas de produzir conhecimentos, fundamentando sua prática no diálogo, na escuta ao aluno, na troca de saberes e em atividades lúdicas. Preocupada em possibilitar aprendizagens significativas, constrói material didático específico e desenvolve projetos educativos. No caminho em direção à “mudança” enfrenta desafios e recaídas, o que a leva a refletir sobre o momento vivido, buscando romper, assim, com o tradicionalismo que permeia a sua prática. Palavras-chave Educação. Educação Inclusiva. Prática Itinerante . Inovação pedagógica